segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O que é ser Subversivo?

      Os acontecimentos na Tunísia, no Egito e, agora, na Líbia fizeram eu me lembrar de um pensamento meu sobre o que é ser um subversivo de 14/02/2008:

      “Pensar é transgredir qualquer ordem estabelecida.
       Porque, sacramentada em comodismo, preconceitos, intolerância e interesses
       escusos, tornou-se defasada. Sendo subversivo, todo aquele que insiste  em mantê-la.”
     
      Primeiramente, vamos nos ater sobre a "ordem estabelecida". Esta pode ser legítima ou defasada. O primeiro caso ocorre quando as questões são mais ou menos discutidas na sociedade e, esta como um todo, promulga as mudanças. Já o segundo, ao contrário, acontece quando as questões são discutidas apenas numa classe da sociedade, e esta em particular, outorga as mudanças. Quando a ideologia de uma oligarquia, é forçada goela a baixo a toda a sociedade, de tempos em tempos surgem os subversivos, que no primeiro caso será o Reacionário e, no segundo será o Revolucionário.
       O Revolucionário é o subversivo que tenta modificar a atual ordem estabelecida. Poque esta se acomodou em preconceitos,  intolerância e com interesses escusos e, portando, está defasada.
        O Reacionário é o subversivo que consegue frear as mudanças na sociedade chegando até voltar alguns aspectos da ideologia de sua oligarquia. Isto aconteceu, aqui mesmo no Brasil, no começo deste ano: os políticos aumentaram em 61,83% os seus próprios salários! Outro exemplo são os ex-governadores que ganham aposentadoria!
       Ser Revolucionário, por defender a igualdade e a justiça, é condenar tais atitudes e agir de acordo propondo uma ampla reforma política onde, por exemplo, ninguém possa ajustar seu próprio salário. Ser Reacionário, por não se importar com a igualdade e a justiça, é praticar tais atos vergonhosos e agir contrário a reforma política.
       Todo filósofo que se preze é um transgressor. Porque ele consegue resignificar o presente, seja reinterpretando os clássicos, seja propondo novas significações.
        Você, meu caro leitor, como qualquer filósofo, não escapa dessa pergunta nefasta, mas precisa:
Que tipo de subversivo você escolhe ser: Revolucionário ou Reacionário?
        Lembro o leitor atento que, não escolher um lado, resulta, por omissão, a escolher o outro. Pelo menos nisso, a liberdade, eu concordo com Sartre.

Para ajudar na decisão, conferir música do Gabriel Pensador
http://www.youtube.com/watch?v=673zYtoWM_Y