terça-feira, 15 de março de 2011

O que é direito e liberdade de pensamento?

     O aluno após ser ridicularizado pelo professor devido a um comentário despretensioso, pergunta:
     -  Professor, então nós não temos direito ao pensamento?
     - Se for o que eu penso, tem! - falou o professor como se fosse a última bolacha do pacote, depois completou: - Vou deixar ainda mais claro para você entender: você tem o dever de pensar como eu quero, um analítico doutorado no exterior - falou todo pomposo.
     - Quer dizer - retoma o questionamento - que nem liberdade para pensar nós temos?
     - Aluno não tem liberdade, ainda mais um aluno brasileiro! A função de vocês é de entender razoavelmente as ideias de fora para poderem testá-las. Vocês são nossos fantoches e seu país é o nosso laboratório!
    Uma pequena pausa para acomodar uma ligeira indigestão... depois, o aluno pensa consigo mesmo:
    "Este professor aprendeu mesmo como ser um brilhante papagaio "verde-amarelo" doutorado. Onde as ideias de fora são a Casa Grande, ele - e alguns outros professores - são os Feitores e nós alunos compomos a Senzala. Não obstante, eu vou prestar atenção a para tudo o que este papagaio quer reproduzir como sua verdade, para poder transcrever tudo integralmente na sua prova. Pois sua disciplina é obrigatória e eu preciso passar!

E você, meu caro leitor, você tem liberdade de pensamento?

Vai ai uma música para ajudar na resposta, de Gabriel Pensador, Se liga aí:
http://www.youtube.com/watch?v=o1vbkp_WZwU

segunda-feira, 14 de março de 2011

O que é Liberdade?

A Liberdade é uma intensionalidade!

           Quando falamos em abertura epistemológica, instintivamente pendemos para uma possível construção e acomodação de novos conhecimentos, ou, sua salutar modificação. Entretanto, há momentos em que não aceitamos essa abertura, justamente porque ela se dá por desconstrução e, no lugar dos seus destroços ainda não temos outro conhecimento equivalente que sirva como base para a vida.
Essa situação desconstruída e bagunçada por escombros, muitas vezes nos embrulham o estômago a tal ponto que nos forçam a desejar que tal estado não tivesse acontecido. Os que cedem a esse desejo retornam às suas crenças razoáveis e anseios menores vivendo em paz consigo mesmos na conformidade de suas consciências. Não obstante, há os que persistem bravamente em suas desconstruções, ainda que, com uma náusea existencial; esses são chamados de filósofos.
Devemos ser pensadores comprometidos epistemologicamente. O que isso tem a ver com a liberdade? Porque não podemos concebê-la apenas como sentimento, mas, também, como conhecimento. Isso nos remete novamente à questão anterior e elenca duas questões:
1) A liberdade é intencional? É um evento mental que sempre aponta para “algo”? Nesse sentido a liberdade seria “Liberdade de”. 2) A liberdade proviria de uma intencionalidade? A liberdade então seria esse algo pelo qual alguma intencionalidade aponta? Assim, a liberdade seria “Liberdade em si”.
A primeira noção traz para mais perto de nós uma “Filosofia da Ação”. Já a segunda nos remete a uma metafísica.
Sem desprezar a metafísica, mas elegendo a Ação, como algo epistemologicamente verificável e de âmbito público, o inicio dessa busca pela noção de Liberdade. A Liberdade enquanto Ação.

Então:

“O que é Liberdade? Liberdade é Liberdade de, conscientemente, comprometermo-nos com os nossos ideais, que constituem a nossa verdadeira subjetividade autêntica, criadoras de nossas 'opções alternativas' em face às opções que nos são impostas. Liberdade de, conscientemente, dar, não apenas a nossa resposta à vida, mas, principalmente, nossa proposta de vida a nós mesmos”.

E você, meu caro leitor, qual a sua proposta de vida para você mesmo?

Para ajudar na resposta dê uma olhada nessa música de Geraldo Vandré:

sexta-feira, 4 de março de 2011

O que é o Carnaval?

      Ontem, sexta-feira, travei o seguinte diálogo com um colega de faculdade:
    
       - E ai Sauthier qual é a boa do Carnaval?
       - Eu não gosto do Carnaval!
       -  Como assim não gosta?!
       - Acrescento também que não gosto nem de futebol e tampouco de fórmula 1!
       - Você só pode estar de brincadeira, todo mundo gosta disso!
       - Oh meu querido... imagine que todo mundo são muitos bois presos e apertados num curral perto de um precipício. Num certo momento ouve-se um barulho ensurdecedor que assusta toda essa boiada que vaza alucinada precipício abaixo... imaginou?
        - Sim tá e daí?
        - (dei uma leve suspirada)  Faça o seguinte: pense durante o Carnaval e depois tente me responder. Conversamos... tchau.

        Resumindo a ópera temos que o Carnaval é ou:
             - coaçao externa:
                 a) ditadura da alegria, ou
                 b) overdose de alegria, ou
                 c) coma induzida de alegria, ou
             -  coaçao interna:
                 d) ridícula mania de levar tudo na boa.
  
    Alegria do quê? para quê? e para quem?
    "Rir é bom; mas rir de tudo é desespero"  -  Amor pra recomeçar - Barão Vermelho.
    Penso ser desnecessário dizer algo mais!

    E você, meu caro leitor, o que é o Carnaval para você?

    Para ajudar na resposta conferir a música de Gabriel Pensador:
    http://www.youtube.com/watch?v=XHUzEqXaEcI