A Liberdade é uma intensionalidade!
Quando falamos em abertura epistemológica, instintivamente pendemos para uma possível construção e acomodação de novos conhecimentos, ou, sua salutar modificação. Entretanto, há momentos em que não aceitamos essa abertura, justamente porque ela se dá por desconstrução e, no lugar dos seus destroços ainda não temos outro conhecimento equivalente que sirva como base para a vida.
Essa situação desconstruída e bagunçada por escombros, muitas vezes nos embrulham o estômago a tal ponto que nos forçam a desejar que tal estado não tivesse acontecido. Os que cedem a esse desejo retornam às suas crenças razoáveis e anseios menores vivendo em paz consigo mesmos na conformidade de suas consciências. Não obstante, há os que persistem bravamente em suas desconstruções, ainda que, com uma náusea existencial; esses são chamados de filósofos.
Devemos ser pensadores comprometidos epistemologicamente. O que isso tem a ver com a liberdade? Porque não podemos concebê-la apenas como sentimento, mas, também, como conhecimento. Isso nos remete novamente à questão anterior e elenca duas questões:
1) A liberdade é intencional? É um evento mental que sempre aponta para “algo”? Nesse sentido a liberdade seria “Liberdade de”. 2) A liberdade proviria de uma intencionalidade? A liberdade então seria esse algo pelo qual alguma intencionalidade aponta? Assim, a liberdade seria “Liberdade em si”.
A primeira noção traz para mais perto de nós uma “Filosofia da Ação”. Já a segunda nos remete a uma metafísica.
Sem desprezar a metafísica, mas elegendo a Ação, como algo epistemologicamente verificável e de âmbito público, o inicio dessa busca pela noção de Liberdade. A Liberdade enquanto Ação.
Então:
“O que é Liberdade? Liberdade é Liberdade de, conscientemente, comprometermo-nos com os nossos ideais, que constituem a nossa verdadeira subjetividade autêntica, criadoras de nossas 'opções alternativas' em face às opções que nos são impostas. Liberdade de, conscientemente, dar, não apenas a nossa resposta à vida, mas, principalmente, nossa proposta de vida a nós mesmos”.
E você, meu caro leitor, qual a sua proposta de vida para você mesmo?
Para ajudar na resposta dê uma olhada nessa música de Geraldo Vandré:
Nenhum comentário:
Postar um comentário